domingo, 5 de janeiro de 2020

SABÃO: UM ANTIGO CONHECIDO




Após um dia de calor, nada como um bom banho, pois, além de relaxante e refrescante, o banho nos dá uma agradável sensação de limpeza. É para satisfazer essa necessidade de higiene e limpeza que as indústrias químicofarmacêuticas fabricam e comercializam anualmente toneladas de produtos para a higiene pessoal.

Os principais produtos dessa indústria são os sabões e os detergentes. Deles derivam os sabonetes, os xampus, os cremes dentais, os sabões especiais para máquinas de lavar louça e roupas, os detergentes desinfetantes, o sabão comum e outros. Sem dúvida alguma, é o sabão comum o mais antigo destes produtos.

Segundo Plínio, o Velho (Histórias Naturais, livro 18), os franceses e os alemães foram os primeiros a utilizar o sabão.

A técnica de produção desenvolvida foi passada posteriormente aos romanos, entre os quais adquiriu notoriedade. Conforme escritos encontrados no papiro Ebers, datado de 1550 a.C., os povos orientais e os gregos, embora não conhecessem o sabão, empregavam, na medicina, substâncias químicas semelhantes – obtidas por um método similar ao de obtenção do sabão, utilizadas como bases para a confecção de pomadas e ungüentos.

Somente no segundo século d.C., o sabão é citado, por escritos árabes, como meio de limpeza.

Na Itália, foi conhecido devido à existência, nas legiões romanas, de batedores que tinham a função de anotar novidades existentes na cultura dos povos por eles subjugados. Ditos batedores tomaram conhecimento das técnicas de produção do mesmo na Alemanha. Denominaram-no, então, sapo.

Este produto foi muito apreciado nas termas de Roma, mas, com a queda do Império Romano, em 476 d.C., sua produção e consumo caíram muito.

Conta-se que os gauleses, tanto quanto os germânicos, dominavam a técnica de obtenção de sabões e, por volta do século I d.C., este produto era obtido em um processo rudimentar por fervura de sebo caprino com cinza de faia, processo este que conferia-lhe um aspecto ruim.

Somente no século IX, será vendido, como produto de consumo na França, onde também surge, nesta época, mais especificadamente na cidade de Marselha, o primeiro sabão industrializado. Pouco tempo depois, na Itália, nas cidades de Savona, Veneza e Gênova surgem outras indústrias de sabão.

No século XVIII, os sabões finos mais conhecidos na Europa vinham da Espanha (Alicante), França (Marselha) e Itália (Nápoles e Bolonha).

No Brasil, a difusão e produção do sabão demorou mais tempo, mas em 1860 já existiam fábricas de sabão em todas as cidades importantes.

Atualmente consumimos uma enorme quantidade de produtos derivados de sabões e detergentes em nosso cotidiano.

Por esse motivo, saber como essas substâncias são produzidas, como agem e como são degradadas pela natureza, torna-se fator importante para que nossa interação com o meio seja mais madura e consciente.
 Harley Procter, em 1878, chegou à conclusão que a fábrica de vela e sabão herdada de seu pai deveria inovar seus produtos e alcançar um lugar de destaque diante dos consumidores para, assim, concorrer com os sabões finos e corrosivos vindos de outros países. Pensando nisso iniciou a fabricação de um novo sabão que possuía característica singular em relação aos outros, esse novo produto tinha textura delicada e cremosa, era branco e com fragrância.

A sua empresa era responsável por fornecer sabão ao exército, então, o químico James Gamble, primo de Procter, conseguiu elaborar a fórmula e fabricar o que inicialmente era chamado de sabão branco, esse possuía característica agradável, era abundante em espuma, apresentava textura uniforme e aroma suave.

Um trabalhador da fábrica que tinha a função de observar os tanques contendo sabão paralisou sua atividade para fazer sua refeição (almoço), mas não desligou a máquina que fazia a mistura, em decorrência do descuido houve um acréscimo extra de ar no sabão, depois do ocorrido o material que deveria ser descartado foi lançado nas formas para ganhar consistência e seguiu para o local do corte.

Ao chegar ao consumidor houve grande satisfação, pois a quantidade de ar presente no sabão não permitia que ele afundasse. A fábrica recebeu milhares de cartas pedindo mais do produto.

Quando descobriram que o desenvolvimento do sabão ocorreu de forma involuntária, em um ato acidental, Procter pediu que a partir daquele momento fosse inserida uma quantidade maior de ar.

Nesse mesmo momento Thomas Edison estava obtendo sucesso com seu invento, a lâmpada elétrica, Procter percebeu que o comércio de velas iria acabar por causa da nova invenção, decidiu então focalizar seus esforços na promoção do novo sabonete.

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